Minas e Energia disse que crise hídrica pressionou as tarifas
O
custo médio da energia para a indústria brasileira subiu para R$ 534,28
por MWh e o país passou a ocupar a primeira posição em ranking
internacional que contempla 28 países, superando
a Índia e a Itália, que ocupavam as duas primeiras posições.
Os
dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 27, pelo Sistema FIRJAN
(Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), no seminário ‘O
setor produtivo e a energia: questões e
soluções da indústria em tempo de crise energética’. O evento reuniu as
principais autoridades ligadas ao tema no país.
Na
abertura, o vice-presidente do Sistema FIRJAN Carlos Mariani destacou
que “somente nos três primeiros meses do ano, o preço da energia já
subiu 48%, onerando enormemente a produção.
E ainda estamos em março, os reajustes das distribuidoras mal começaram
– quase 60 ainda irão reajustar suas tarifas até dezembro”. O
empresário salientou que a qualidade no fornecimento um fator chave de
competitividade para a indústria. “Qualquer interrupção,
por menor que seja, aumenta o custo industrial. E quem paga é o País. A
indústria no século XXI não pode mais conviver com a qualidade de
energia do século passado”, concluiu.
Márcio
Veiga, da PSR Consultoria, estimou que o preço da energia para a
indústria só começará a cair em 2017, 2018. Perguntado sobre a
possibilidade de o país enfrentar um racionamento
de energia este ano, o diretor geral do ONS (Operador Nacional do
Sistema Elétrico) respondeu: “Racionamento? De jeito nenhum”.
Custo do gás sobe 21,7%
Em
almoço com empresários e especialistas do setor energético, Eduardo
Braga, ministro das Minas e Energia, admitiu que o desafio “é grande” e
falou de investimentos em energia solar: “Tivemos
três anos de grave crise hídrica, que pressionou o custo de nossa
tarifa. Precisamos criar mecanismos tecnológicos para que possamos ter
um amortecedor de risco energético. Vamos fazer o primeiro teste piloto
de energia solar através de flutuadores em reservatórios
e usando a capacidade ociosa nas linhas de transmissão”. O governador
do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, também participou do encontro.
O
evento também debateu a questão da demanda e oferta de gás natural para
a indústria. Estudo da FIRJAN divulgado no evento mostrou que o custo
do gás para a indústria subiu 21,7% nos últimos
quatro anos. Para mais informações, acesse o site criado pela FIRJAN www.quantocustaogasnatural. com.br.
Para mais informações sobre o ranking do custo de energia para indústria, acesse
www.quantocustaaenergia.com.br .
Ascom
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