segunda-feira, 30 de março de 2015

FIRJAN: Brasil é o 1º no ranking de custo mais alto de energia para indústria

Na Federação das Indústrias do Estado do Rio, ministro das
Minas e Energia disse que crise hídrica pressionou as tarifas


O custo médio da energia para a indústria brasileira subiu para R$ 534,28 por MWh e o país passou a ocupar a primeira posição em ranking internacional que contempla 28 países, superando a Índia e a Itália, que ocupavam as duas primeiras posições. 

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 27, pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), no seminário ‘O setor produtivo e a energia: questões e soluções da indústria em tempo de crise energética’. O evento reuniu as principais autoridades ligadas ao tema no país.
 
Na abertura, o vice-presidente do Sistema FIRJAN Carlos Mariani destacou que “somente nos três primeiros meses do ano, o preço da energia já subiu 48%, onerando enormemente a produção. E ainda estamos em março, os reajustes das distribuidoras mal começaram – quase 60 ainda irão reajustar suas tarifas até dezembro”. O empresário salientou que a qualidade no fornecimento um fator chave de competitividade para a indústria. “Qualquer interrupção, por menor que seja, aumenta o custo industrial. E quem paga é o País. A indústria no século XXI não pode mais conviver com a qualidade de energia do século passado”, concluiu.
 
Márcio Veiga, da PSR Consultoria, estimou que o preço da energia para a indústria só começará a cair em 2017, 2018. Perguntado sobre a possibilidade de o país enfrentar um racionamento de energia este ano, o diretor geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) respondeu: “Racionamento? De jeito nenhum”.

Custo do gás sobe 21,7%

Em almoço com empresários e especialistas do setor energético, Eduardo Braga, ministro das Minas e Energia, admitiu que o desafio “é grande” e falou de investimentos em energia solar: “Tivemos três anos de grave crise hídrica, que pressionou o custo de nossa tarifa. Precisamos criar mecanismos tecnológicos para que possamos ter um amortecedor de risco energético. Vamos fazer o primeiro teste piloto de energia solar através de flutuadores em reservatórios e usando a capacidade ociosa nas linhas de transmissão”. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, também participou do encontro. 

O evento também debateu a questão da demanda e oferta de gás natural para a indústria. Estudo da FIRJAN divulgado no evento mostrou que o custo do gás para a indústria subiu 21,7% nos últimos quatro anos. Para mais informações, acesse o site criado pela FIRJAN www.quantocustaogasnatural.com.br.

Para mais informações sobre o ranking do custo de energia para indústria, acesse www.quantocustaaenergia.com.br.




Ascom


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